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Cadê o meu sofá? Uma reflexão sobre prazos e expectativas - Coaching Executivo


Há algumas semanas atrás eu comprei um sofá. Na loja, o vendedor me informou que ele chegaria em minha casa dali a dois meses pois não havia estoque, visto que tudo era feito sob medida. É claro que gostaria de ter o sofá mais cedo mas, em sendo a operação normal daquela marca, aceitei.

Antes de sair da loja, porém, o vendedor me chamou e me disse: "eu vou tentar acelerar a produção e ver se consigo lhe entregar o sofá em um mês e meio. Não prometo que vou conseguir, mas vou tentar."

Completamente inútil a frase "não prometo que vou conseguir". Se o vendedor entendesse um pouco sobre como funciona a expectativa das pessoas (e certamente a sua própria), ele jamais teria falado isso. A partir do momento em que o prazo de 1 mês e meio chegou e se foi e o sofá não apareceu, meu nível de frustração subiu bastante. Porque, no momento em que ele sinalizou uma data de entrega mais curta, a anterior, mais longa, passou a não mais existir na minha cabeça! A minha expectativa mudou por causa do que ele tinha falado.

Reveja todos os prazos que alguém já te deu na vida e repare se funcionou assim com você também. Por que as pessoas insistem em anunciar / promover prazos que têm altíssima chance de não serem cumpridos?

. ingenuidade

. querer parecer "bem na foto"

. querer parecer que influenciam o processo

. desconhecimento do processo no qual trabalham

. realmente não se importam se o prazo será cumprido ou não

Muitos conflitos negativos no meio corporativo e em todas as áreas da nossa vida podem ser evitados se a gente colocar um pouco mais de atenção nessa questão de prazos e expectativas. Isso, sem contar com todos os impactos negativos de imagem/reputação (e lembre-se que esses, uma vez arraigados, custam muito para serem alterados).

Eu preciso ser clara e objetiva quando definir um prazo e preciso realmente querer honrar o que disse. Se porventura eu conseguir fazer a atividade antes, ótimo! Vou gerar uma surpresa positiva no outro. Não adianta eu querer que o outro se lembre de que eu disse que "ia tentar acelerar". É inútil usar essa frase! No momento em que eu anunciar essa possibilidade, passa a valer o prazo mais curto. Então, vamos nos posicionar da forma mais justa possível nesses momentos de definição de prazos e expectativas. E tudo começa com autoconhecimento. Avalie o que você sabe, o que pode, o que deve e o que quer fazer.

Boa negociação de prazos pra você!

Stela Klein

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