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Ensaio sobre a Amizade - Coaching de Vida


No Coaching de Vida, é muito comum as pessoas quererem trabalhar na área dos relacionamentos sociais. As queixas são as mais variadas possíveis: "não tenho amigos"; "meus amigos são muito invasivos"; "não posso contar com meus amigos quando preciso"; "tenho amigos demais e não sei dizer não a eles"; "queria ter um amigo sincero mas só tenho relacionamentos superficiais.

Eu acredito que usamos a palavra AMIZADE sem dar-nos conta do seu significado profundo. É como se tivéssemos nos esquecido (se é que um dia aprendemos corretamente) como ela deve ser usada. Tal como me parece com o que acontece com a palavra AMOR. “Amei aquela blusa!” Amou mesmo, jura? Tem certeza? Você está colocando uma blusa no mesmo nível de um ser? Tudo bem que seres e blusas, todos são feitos de energia, mas merecem o mesmo verbo AMAR? Bom, isso é uma outra discussão, e tampouco podemos negar que, quando dizemos que amamos alguma coisa, todo mundo entende perfeitamente o que estamos dizendo e, logo, não pode ser tão errado ou ruim assim. Ok! Deixa essa discussão pra depois.

Mas, voltando à amizade, quando em Coaching falamos sobre isso e alguém traz questões de relacionamento para resolver, fatalmente nos voltamos para a relação do coachee (aquele que faz Coaching) com ele próprio. Ou seja, a amizade dele com ele mesmo.

A velha máxima do “só se dá o que se tem” é a mais pura verdade; vovó já sabia disso e os netinhos não davam muito valor quando ouviam. Mas tudo começa na gente. E isso não é egoísmo, é autoconhecimento. O quanto eu respeito minhas inclinações, escuto meu corpo, aceito minhas limitações e erros, vou atrás do que eu realmente quero. Isso é ser amigo de si mesmo. Ser fiel àquilo a que me proponho. Colocar atenção nas coisas do dia a dia, para aprender com elas. Chorar quando tiver vontade e rir sem constranger os outros. Isso é ser amigo de si mesmo. Quanto mais eu pratico essa amizade, mais eu atraio pessoas que têm essa mesma qualidade de ser.

É preciso entender que dentro da amizade verdadeira há diferentes tipos de amigos. Têm aqueles que são ótimos para me escutar quando eu estou precisando falar, têm aqueles que são ótimas companhias para passear num museu, têm aqueles que compartilham dos mesmos objetivos profissionais que eu. Cada um tem seu perfil – com dons e limitações – e cabe a mim respeitá-los. E está tudo bem se eu quiser também ter vários “só conhecidos”. Mas preciso ter a sabedoria de não confundi-los com AMIGOS e, assim, não me frustrar.

E, nesse exercício diário de se aproximar de si mesmo e de sentir-se e sentir os outros, a gente vai amadurecendo, desenvolvendo AMIZADES (consigo próprio e com outros), e sendo mais feliz.

Stela Klein

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