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Confinamento - Minha vida não está entre parênteses.




Em tempos de crise sanitária e econômica causada pelo COVID19, muitos de nós estamos em casa, voluntariamente ou não. Há países em que o confinamento ainda vai durar bastante, outros em que ele foi apenas uma recomendação do governo. Em quaisquer dos casos, as limitações diárias são inúmeras. O desafio é grande, seja para quem está só, seja para quem está com muitas pessoas ao redor. Seja para quem está trabalhando, seja para quem está em transição de carreira. Nossos hábitos e costumes foram bem atingidos e, de repente, a vida do jeito que conhecíamos mudou bastante.


A primeira sensação é a de perda de controle. Conheço pessoas que passaram um tempo sem dormir nas primeiras semanas da crise, e só conseguiram faze-lo depois de iniciarem uma medicação. Podemos mesmo pensar na famosa "curva da mudança", muito usada no gerenciamento de empresas: primeiro vem a raiva por se sentir vítima de uma situação que nos parece bem injusta; depois vem a negação ("não é possível que isso esteja acontecendo!"); em seguida há um tempo de negociação, onde tentamos ajustar alguns pontos ou fugir de algumas das novas regras em vigor; depois caímos na tristeza de ver que não há muito como lutar contra a nova situação e, finalmente, a aceitação da realidade e então a força para seguir adiante.


Ao longo da curva, podemos voltar atrás: estávamos bem na "aceitação" e, de repente, ficamos novamente com raiva de tudo e de todos quando nos damos conta que o confinamento ainda vai durar mais e, ainda por cima quando ele terminar, a gente nem sabe o que vai acontecer.


Será que é possível passar mais rápido por essa curva e finalmente chegar à força para seguir adiante ?

Mais rápido eu não sei, mas acredito que seja possível passar por ela com maior tranquilidade. Como? Considerando que a vida não está suspensa, entre parênteses. Ninguém apertou o "pause" e daqui a pouco a vida volta ao curso normal. Isso não existe. A vida sempre acontece no momento presente, e é somente nesse momento que eu posso fazer algo sobre ela. Ainda que com todas as limitações existentes hoje, ESSA é a minha vida. E ponto. A cada vez que eu deixo de empurrar uma ação pra frente (pra depois do confinamento ou pra depois da crise ou pra depois de "não-sei-lá-o-que") eu tenho a chance de ser útil e produtiva para mim mesma e ver minha vida avançar.


Talvez um projeto específico tenha realmente que esperar pois precisa de recursos que não estejam à mão neste momento. Pois bem, então comece a realizar outros que estejam ao alcance agora! Não coloque a vida entre parênteses. Não vale a pena. Ela passa muito rápido. Com ou sem confinamento.


Stela d'Escragnolle Klein

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