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  • Íntegra do artigo publicado no jornal A Notícia

A Dança das Mudanças - Coaching Executivo


Olhei pela janela do meu apartamento e observei a imensa árvore que fica bem aqui na frente. Há alguns meses ela estava super frondosa, carregada de folhas e com uma vida que saltava aos olhos. Depois, com o inverno, lá se foram todas as folhas ao chão – TODAS.

E depois, na estação seguinte, comecei a ver os primeiros brotos novamente, indicando que em breve as folhas começariam a crescer. Ou seja, temporada após temporada, é um ciclo que se repete. Tudo novo, de novo. Mas nada é igual: a temperatura, a ação do homem, as partículas no ar... A cada dia o conjunto de elementos é diferente, embora os ciclos sejam os mesmos.

Isso acontece conosco também, inclusive no mundo corporativo.

Se não prestarmos atenção, parece que tudo se repete. Acaba o final de semana e vem uma segunda-feira de trabalho, toda quarta-feira tenho a mesma reunião de indicadores para participar e prestar contas, meu antigo diretor mudou de área e agora tenho um novo chefe, mas eu continuo no mesmo lugar...

Não. Por mais que haja uma rotina, nada é igual ao que passou. Sobretudo quando falamos de pessoas.

Alguns não refletem sobre essa oportunidade. Quando passamos a ter um novo gestor, ou quando passamos a gerenciar uma nova equipe, recebemos uma oportunidade única para nos “repaginarmos”.

Nesses momentos, vale muito à pena analisarmos nossos hábitos e nossa imagem. Ao me perguntar qual seria o hábito que eu tenho hoje que eu sei que não é o mais produtivo ou o mais útil de todos e, que eu gostaria de mudar, eu posso aproveitar esse momento para tentar me reestruturar.

Da mesma forma, quando eu penso em qual era a imagem que meu antigo chefe tinha de mim, e se haveria alguma coisa a melhorar, essa também é uma oportunidade única. Se, por exemplo, eu quisesse que meu novo gestor me reconhecesse como um expert em determinada área, eu refletiria: “o que eu posso fazer para ajudá-lo a perceber essa característica em mim?” “Há mudanças no meu comportamento eu preciso fazer, para que ele me reconheça assim?” Ou, se eu quisesse que ele visse em mim um integrador de equipes de primeira linha, eu pensaria: “o que eu devo fazer, de forma consistente, para que essa imagem seja construída em sua mente?”

Duas palavras são chave nesses momentos de mudança, em que a nossa "temporada" muda (fazendo aqui um paralelo com as mudanças de estação na natureza), e com um adicional importante, se considerarmos que nós somos os "donos" dos nossos processos: análise e consistência. Se eu quiser, eu posso analisar vários aspectos do meu trabalho e identificar aqueles que quero otimizar. E, para que essa otimização realmente aconteça, preciso de consistência nas ações. Pois, se falo em mudanças, para que elas sejam sólidas e visíveis, preciso persistir em determinadas ações a fim de que os hábitos finalmente mudem. Nas nossas “viradas de estação”, coloquemos atenção em nós mesmos e montemos um plano consistente de ação. O salto no autoconhecimento será grande.

Stela Klein

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